Contradições ou algo mais?
Comunicado 1:
"Não vejo nada em contrário. Somos organizadores e não é um organizador que deve ter o ónus de decidir se um corredor está ou não apto para participar numa corrida", disse Joaquim Gomes à agência Lusa, justificando assim a decisão de deixar correr os ciclistas espanhóis.
"Se a União Ciclista Internacional (UCI) e a Associação Mundial Antidopagem (AMA) não fizeram nada, é um organizador que o deve fazer? A UCI que o faça, se tiver elementos, mas julgo que isso não acontecerá", acrescentou o director da prova. Joaquim Gomes adiantou ainda que a Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais (APCP), a Associação Nacional de Equipas de Ciclismo (ANEC) e o representante de Portugal da Associação Internacional de Jornalistas de Ciclismo (AIJC), consultados pela organização da corrida, "foram da opinião de que não cabe à PAD/João Lagos Sports decidir".
(Excerto da entrevista dada pelo responsável da organização da volta, quando questionado sobre a participação de ciclistas Espanhóis envolvidos na Operação Puerto.)
in Diário de Noticias
2007.08.01
Comunicado 2:
"A PAD/Lagos Sports, no desempenho da sua função de organizadora da 70ª Volta a Portugal em Bicicleta, vem desta forma comunicar oficialmente a decisão de não convidar a equipa de ciclismo LA/MSS a marcar presença na próxima edição da prova, a disputar de 13 a 24 de Agosto.
Fiel a princípios sempre defendidos com denodo e resistência, na luta por um ciclismo limpo e transparente, em que os seus intervenientes competem com dignidade e igualdade de oportunidades, não podia a PAD/Lagos Sports tomar outra atitude que não esta, em deixar fora da Volta a Portugal, prova maior do meio velocipédico nacional, a equipa LA/MSS.
Com efeito, tendo por base os factos e elementos de suspeição de dopagem organizada, relacionados com a equipa em questão e publicamente denunciados pelas autoridades portuguesas, e, ainda, as consequentes posições oficiais da própria Federação Portuguesa de Ciclismo e da Comissão de Ciclismo de Estrada, a PAD/Lagos Sports vem com esta sua decisão encorpar uma luta que deve ser sem tréguas contra todos aqueles que, pelas suas condenáveis acções de procurar triunfar a qualquer preço, apenas contribuem para manchar e destruir uma modalidade olímpica que é tão próxima e querida do povo português."
(Comunicado da pad/joão lagos sport, para justificar a ausência da equipa Portuguesa LA/MSS/Póvoa de Varzim)
Repararam nas diferenças?
O que em 1 (um) ano, as coisas mudaram... e mudaram porquê?
Se há um ano não lhes competia julgar a inocência ou culpabilidade dos ciclistas, a UCI que decidisse, como se deu esta mudança de posição ?
Será mais fácil “castigar” ciclistas e/ou equipa(s) Portuguesa(s), do que equipas Estrangeiras com conceituados atletas?
Será para a pad mais importante as suspeitas do que os factos?
Se para a UCI ainda está tudo bem, até serem provados os factos, para quê esta sede de justiça, esta luta sem tréguas contra “ suspeições” por fundamentar?
Quem estará interessado na não participação da LA MSS na volta?
Já agora, para quem defende com intransigência os bons princípios, será normal o organizador da prova patrocinar uma das principais equipas?!
Quem envergará o Dorsal Nº1? Ah, pois...
Está na Hora da liberdade chegar ao Ciclismo.
As respostas ás questões aqui levantadas brevemente serão divulgadas neste espaço.
Se souberem responder a algumas são livres de utilizar este Blog.
Mas podem ter a certeza que para todas vamos ter uma explicação. Doa a quem Doer!!!
Até Breve